O conceito por trás deste programa, especialmente criado no âmbito do festival Regard sur le Court Métrage au Saguenay, baseia-se na exibição de curtas metragens portuguesas de alguns dos realizadores que iniciaram o seu percurso no IndieLisboa e que, desde então, se têm destacado no panorama nacional e internacional.
Há dez anos, testemunhámos o início de uma nova geração de talentos que nos mostrou novos caminhos para o cinema português. Actualmente, esta geração está a realizar longas metragens, algumas com bastante repercussão, como Miguel Gomes (com Tabu e Aquele Querido Mês de Agosto) ou João Pedro Rodrigues (com Morrer como um Homem, Odete ou A Última Vez que vi Macau). No entanto, testemunhamos agora o reconhecimento de curtas metragens portuguesas nos grandes festivais como nunca antes.
Após ter vencido o prémio de Melhor Curta Metragem no IndieLisboa em 2009, João Salaviza ganhou a palma de Ouro para melhor curta metragem no Festival de Cannes e em 2012 o filme Rafa destacou-se no festival de Berlim vencendo um Urso de Ouro. Em 2010, Gabriel Abrantes venceu o Leopardo de Ouro em Locarno e esteve em competição, em 2012, no Festival de Cinema de Veneza (Orizontti).
Para além de Rafa e Liberdade de Salaviza e Abrantes, o programa integra também duas primeiras obras, Carne de Carlos Conceição e Barba de Paulo Abreu, ambos vencedores de prémios no IndieLisboa. As exibições no estrangeiro que se seguiram conferiram a estes realizadores uma importante notoriedade a nível internacional.
O futuro augura-se, por isso, bastante promissor para estes talentos emergentes e são muitos motivos de entusiasmo para o cinema português.